A moreninha
Introdução
Considerado o primeiro romance romântico brasileiro propriamente dito, A Moreninha (1884), obra-prima de Joaquim Manuel de Macedo, segue a tendência do romance-folhetim, alcançando grande repercussão por apresentar os quesitos necessários para satisfazer o gosto do leitor da época: o namoro difícil ou impossível, a comicidade, a dúvida entre o desejo e o dever, a revelação surpreendente de uma identidade, as brincadeiras de estudantes e uma linguagem mais inclinada para o tom coloquial (informal).
O romance é narrado em terceira pessoa, com narrador onisciente, ou seja, o narrador sabia tudo que acontecia. O tempo transcorre na ordem cronológica, com apenas uma volta ao passado. A história se passa em dois lugares: na cidade do Rio de Janeiro, representando a vida urbana e social, e na ilha onde mora D. Ana, simbolizando o paraíso de amor. O estilo do texto é marcado pelo ritmo ágil, com a presença frequente de diálogos entre os personagens, o que nos dá a impressão de que a história está acontecendo no ato da leitura.
Opinião de Joaquim Manuel de Macedo sobre o livro
Antes de começar a história do livro, tem um capítulo cujo nome é “Duas palavras”, nele tem um pequeno texto sobre o que o autor achava sobre esse seu livro, “A Moreninha”. Ele considerava essa composição cheia de irregularidades e defeitos, mas também disse que quem escreve olha a sua obra como seu filho, e todo o mundo sabe que o pai acha sempre graças e bondades no querido filho. Joaquim também diz que concluiu que a Moreninha é filha dele, citou que