A moral epicurista
Insatisfeito com as cidades-estados gregas, onde a vida social era leviana e marcada pelas injustiças sociais, a qual o poder era mantido pela aristocracia urbana, não havendo felicidade urbana no contexto social, porque as pessoas só visavam o dinheiro e o poder, Epicuro adotou uma doutrina contra a superstição e os bens materiais voltadas para uma reflexão interior em busca da verdadeira felicidade.
A moral epicurista é uma moral hedonista, ou seja, ela tem o prazer como objetivo da vida, no entanto, o fim supremo da vida é o prazer sensível, e o critério único da moralidade é o sentimento, para ele o único bem é o prazer como o único mal é a dor, nenhum prazer deve ser recusado a não ser por consequência da dolorosa e nenhum sofrimento deve ser aceito a não ser em vista de um prazer, ou de nenhum sofrimento menor.
No epicurismo não se aceita sofrimento, mas prazer imediato refletido e avaliado pela razão escolhido com prudência e sabedoria e também filosoficamente. O epicurista deverá cultivar a ataraxia, isto é, o usufruir tranquilo de uma vida harmônica com a natureza sua maior alegria deverá ser a amizade filosófica e ele deverá ficar afastado da política e da sociedade.
A pessoa sábia diz Epicuro, conhece os limites daquilo que pode elevar como prazer, sem, no entanto, diminuir em nada sua sabedoria.
Epicuro diz na carta a Meneceu, que ao contrário dos animais os seres humanos precisam do prazer e sofrem com sua falta, razão pela qual o prazer seria alcançado ao estatuto de princípio e fim da felicidade, além de ser o primeiro bem conhecido e inerente à natureza humana. O prazer seria a causa de todas as nossas determinações, de nossos desejos e de nossas aversões; é em função dele que aspiramos sem cessar e em todas as coisas o sentimento é a regra que nos serve para avaliar o bem.
Epicuro dizia que a morte não é nada para nós, pois o bem e o mal só existem na sensação. Donde se segue que um