A moral das Formigas
Natacha Bessa Nedilanny Lima
Rosana Costa Sheridan Guedes
Certa noite, andando um pouco inquieta com as possibilidades que a ética pode oferece ao nos permitir investigar e esclarecer determinadas realidades, estando ao alcance de todos na possibilidade de reflexão, deparei-me com um imenso formigueiro onde todas as formigas trabalhavam numa mesma direção como que o fizessem de forma racional e sincrônica sem se desviar, se quer por um instante, de sua meta, no caso abastecer o formigueiro. Pareciam ter sentimento de solidariedade e, sobre seu dorso, carregavam pesados fragmentos de plantas, pesados, porque no caso delas, trata-se de transportar um peso que chega a equivaler 20 ou 50 vezes sua estrutura, mas, o fazem de forma coletiva e em prol da colônia.
Observando aquela intrigante cena, logo percebi ao lado havia um detrito, que certamente não foram produzidos ou levados pelas formigas, mas pelo homem, que de fato é racional e possui a capacidade de refletir sobre suas ações e não ações, mas que por algum motivo, eu creio salutar, resolveu abandonar ali aquele pequeno papel. Digo salutar, porque é extremamente sabido que não encontramos tonéis ou pequenas lixeiras de coleta de lixo em todas as esquinas, e se torna extremamente inconveniente e penoso transportar lixo em meio aos pertences usuais, mesmo que se trate de algo ínfimo.
Contudo, aquele pequeno papel como tantos outros, na maioria das vezes, não chega a representar sequer 1% da estrutura corporal humana, o que nos leva a crer que a nossa frágil estrutura humana suportaria, sem maiores