A Monarquia Portuguesa E As Rep Blicas Brasileiras
Política e governabilidade são conceitos a se analisar em relação as imbricadas teias da política e as condições de governabilidade entre Brasil e Portugal entre os séculos XVI-XVIII e as demais colônias de Portugal, na Ásia e África.
O texto apresentado por João Fragoso e Maria de Fátima Silva Gouvêa, trazem uma análise da situação Sócio cultural e econômica em que Portugal era totalmente dependente das riquezas advindas das colônias, em contra partida, dentro das colônias surgia um tipo de auto governo não independente da metrópole. Enquanto a população da metrópole continuava quase a mesma, a população do Brasil, principal colônia, crescia assustadoramente com grande número de etnias indígenas-africanas e mestiços nascidos no Brasil, fazendo da colônia uma chamada babilônia de raças e credos, tendo como elementos unificadores: a língua portuguesa e o catolicismo.
Os autores comparam os impérios Português e Espanhol; enquanto o primeiro era um só reino ultramarino, o outro era um governo central com os seus vice reinos, nesse aspecto as colônias espanholas ganhavam em autonomia, enquanto que as portuguesas eram muito mais dependentes das jurisdições do Rei.
Enquanto a monarquia portuguesa em relação às colônias se formou de maneira única, dadas as distâncias e dificuldades de comunicação, formou-se no Brasil um tipo de república representada nas câmaras municipais, que regiam os setores políticos, culturais e econômicos na colônia, prestando ao rei o serviço de manutenção da ordem e envio das riquezas à metrópole.
Outro ponto importante para a coesão do império eram as famílias ricas que dominavam o cenário politico econômico e garantiam que o cotidiano fosse administrado de maneira a agradar os interesses do governo central e da igreja, estes eram, portanto, os elementos unificadores das repúblicas em serviço da monarquia. É um tanto