A modernização do estado
Uma modernização do Estado central está ocorrendo em vários países. Mas por mais que as alterações aconteçam nos mesmos setores de cada país, elas são diferentes de país para país, sendo que o nível de modificações é diferente em cada um deles. O texto de Christopher Pollitt e Geert Bouckaert apresenta cinco problemas que dificultam as comparações entre os países, enquanto o texto de Werner Jann e Christoph Reichard mostra três conjuntos de modificações que aconteceram, juntamente com os resultados. O primeiro problema apresentado por Pollitt e Bouckaert é a questão da falta de unidades de análise, explicando que para que as comparações ocorram, seria necessário: comparam o país antes de depois, mas não é possível ter certeza que a modernização foi a única responsável pelo resultado final; é difícil imaginar como seria o país se as modificações não ocorressem. O segundo problema é a dificuldade de comparação entre países, devido as diferenças entre eles. O terceiro problema é a escassez de dados, pois são poucos os planos de avaliação, e mesmo que as avaliações ocorram, os dados não são muito confiáveis. O quarto problema é a respeito dos critérios dos dados, pois os documentos oficiais geralmente são vagos. O quinto problema é que não é possível saber se as novas práticas realmente mudaram os resultados. A primeira mudança apresentada por Jann e Reichard são as agências e contratos. Em todos os países pesquisados, tarefas que eram de responsabilidades dos ministérios e departamentos centrais passaram para agências e organizações, tendo elas um grau de independência, gerando uma descentralização vertical. Para que essas agências sejam controladas e orientadas, o meio encontrado foi a elaboração de contratos e relatórios, além de uma maior liberdade dos sistemas de orçamento e pessoal. Os objetivos da criação das agências são uma maior flexibilidade institucional, transparência de custos e desempenho, aumento de qualidade,