A moda no Brasil
A moda nacional vem, desde o princípio, nutrindo-se das tendências internacionais. O que se veste aqui muito tem do que foi visto nas semanas de moda de Paris, Londres, Nova
York e Milão. Esse não é um fenômeno atual.
No período do descobrimento e no Brasil Colônia, a vestimentas eram totalmente influenciadas pela maneira de vestir da corte portuguesa. Até porque, o acordo colonial proibia a confecção de qualquer produto no território brasileiro.
Teares e pequenas máquinas para fabricação doméstica eram confiscados e queimados a pedidos da Coroa Portuguesa
(JOFFILY, 1991).
O governo queria manter o monopólio sob praticamente tudo que era produzido no território sul americano, inclusive produtos têxteis.
As vestimentas produzidas no Brasil, à época, eram apenas para uso de escravos, sem qualquer interesse em forma ou cor, feitas para o uso mais prático possível (JOFFILY,
1991). Portanto, tudo que era usado pelos membros da burguesia e elite colonial era trazido do mercado europeu, garantindo a balança comercial favorável a Portugal e não considerando muitas adaptações as vestimentas trazidas da corte e usadas no território brasileiro.
Foi por volta da segunda década de 1500 que começam a aportar aqui as primeiras mulheres portuguesas. Eram prostitutas trazidas com o objetivo procriar e povoar o novo país. Porém, não se tem base empírica para estabelecer um padrão que guiasse o vestir dessas mulheres (CHATIGNEIR,
2010).
A autora explica, contudo, uma adaptação feita no modo de vestir dos índios. Os jesuítas, que vieram para o Brasil com o objetivo catequizar os nativos, faziam grande pressão para que os órgãos genitais, seios e nádegas fossem cobertos. Os indígenas eram muito livres e avessos a qualquer repressão aos 11 seus costumes. Mas um item foi incluído no vestuário nativo: a tanga. Produzida com a mesma fibra do algodão usada para redes de pesca, a tanga foi adotada pelas