A militarização da américa latina
A Guerra Fria acabou favorecendo a política imperialista dos Estados Unidos e da União Soviética, fornecendo uma justificativa ideológica para agressões militaristas a países do Terceiro Mundo. " A Guerra Fria fornece um arcabouço onde cada uma das superpotências pode usar a força e a violência para controlar seus próprios domínios contra os que buscam um grau de independência no interior dos blocos – apelando à ameaça da superpotência inimiga, para mobilizar sua própria população e a de seus aliados".
A crise do populismo e os sucessivos golpes de Estado ( Brasil, 1964; Chile, 1973; Argentina, 1976 ) responsáveis pela implantação de Ditaduras Militares no Cone Sul teve o apoio logístico militar e financeiro dos Estados Unidos que, abrindo mão dos seus escrúpulos liberais, sustentaram regimes de terror na América. O quintal dos Estados Unidos seria assim preservado da ameaça vermelha Soviética ainda que a custo do sacrifício da democracia.
O Golpe Militar de 1964 no Brasil e a Operação Brother Sam
O primeiro grande golpe militar na América Latina surge no Brasil, país de extensão continental que fazia fronteira com quase todos os países da América do Sul. Desde 1960, com a eleição da chapa Jan-Jan (Jânios Quadros e João Goulart, o “Jango”) o programa de governo de Jânio Quadros (que possuía no currículo uma ascensão meteórica ao poder que em 15 anos passou de professor de Geografia e Direito Processual Penal em São Paulo