A microbiologia
Fungos são microrganismos eucariontes, aclorofilados (não fotossintéticos), absortivos, imóveis, possuidores de parede celular e células com baixo grau de diferenciação. Além disso possuem quitina na parede celular e armazenam glicogênio. Estima-se que exista mais de 1,5 milhão de espécies fúngicas no mundo, embora apenas aproximadamente 70.000 tenham sido descritas.
É possível dividir os fungos didáticamente em dois grandes grupos gerais:
MACROFUNGOS - representados pelos COGUMELOS, importantes como alimento e em toxicologia (tóxicos e alucinógenos). Recentemente muitas pesquisas estão encontrando indícios de atividade imunomoduladora neles. Embora ainda não totalmente aceita e comprovada (mas fartamente explorada no bom e no mal sentido por várias pessoas), essas atividades são uma promessa interessante para uso terapêutico complementar.
MICROFUNGOS - representados pelos BOLORES e LEVEDURAS, com inúmeros aspectos importantes para o homem.
Para se ter uma visão mais genérica do papel dos fungos, veja o quadro abaixo.
Micotoxinas
MICOTOXINAS são toxinas produzidas por fungos.
Se esses fungos crescerem em alimentos, sejam grãos (amendoim, milho, soja, trigo, sorgo, etc.) ou produtos finais (suco de maçã, frutas secas, etc.) podem liberar suas toxinas nesses substratos que serão posteriormente consumidos pelo homem. Seu consumo pode representar risco à saúde humana se houver ingestão de grande quantidades ou ingestão continuada .
A história das micotoxinas começa em 1960, quando um surto de mortes inexplicáveis de aves no Reino Unido (especialmente perus) é investigado. O surto ficou mundialmente conhecido como 'turkey X disease'. Chega-se à conclusão que o problema estava na ração, que havia sido feita com amendoim importado da África e do Brasil. Esse amendoim estava contaminado com uma substância fluorescente produzida pelo fungo Aspergillus flavus. Da expressão inglesa 'A. flavus toxin' derivou a palavra