A micologia em estudos forenses
Apesar dos fungos serem comuns no ambiente considerando sua grande diversidade no mundo (cerca de 1,5 milhões segundo Hawksworth, 1991), o seu uso na ciência forense tem sido menos relevante que as plantas. Talvez pela falta de mais estudos nessa área e também por existirem regiões pouco estudadas como áreas de restinga, caatinga, desertos, trópicos dentre outros, ainda existem muitas espécies de fungos não identificadas (SILVA; MINTER, 1995).
Um dos primeiros trabalhos publicados sobre micologia forense foi de Hawksworth e Wiltshire (2011) e se baseiam nas informações disponíveis na literatura.
As aplicações dos fungos na micologia forense incluem papéis em: fornecer evidências residuais; estimar o tempo desde a morte; determinar o tempo de deposição; investigar a causa da morte seja por intoxicações ou alucinações; localizar cadáveres enterrados (HAWKSWORTH, 2011).
A micologia forense é um estudo recente e devido a várias espécies encontradas no ambiente despontou como uma nova área de investigação a serviço da ciência forense. Os grupos de fungos que foram identificadas no processo de degradação orgânica são: nos Zygomicetos, por exemplo, já foi identificada a espécie Rophalomyces strangulatus; nos Basidiomicetos, exemplos, Hebeloma vinosophllum, Laccaria amethystine e nos Ascomicetos, exemplos, Ascobolus denudatus, Coprinus neolagopus (CARTER; TIBBETT, 2003).
Dessa forma, a presença dessas espécies de fungos em associação com outros elementos, pode fortalecer na determinação do intervalo post mortem (VIEGAS, 2006).
A sucessão de frutificação e o uso do nitrogênio promovem as bases da estimativa do intervalo post mortem e a sucessão de crescimento fúngico. A análise de aspectos ecológicos e fisiológicos desses fungos é importante na determinação do local do óbito e do tempo decorrido. Ainda que sua relação não esteja esclarecida, devido à necessidade de novas pesquisas que possam confirmar o resultado e melhor