A mercadoria de Karl Marx
Marx mostra que a mercadoria assume dois fatores, o valor de uso, que diz respeito ao conteúdo (qualidade), e o valor de troca, que diz respeito à grandeza (quantidade), e pode assumir o caráter de preço. A utilidade desse bem faz dele um valor de uso, este é, portanto, o corpo da mercadoria, como ferro, trigo, diamante etc. O valor de uso pressupõe sempre sua determinação quantitativa, como dúzia de relógios ou tonelada de ferro, ele se realiza somente no uso ou no consumo e constitui-se como o portador material do valor de troca.
Existem formas de valor de troca dessas mercadorias, uma delas é a forma simples, na qual se troca uma mercadoria pela outra, como por exemplo, 20 varas de linho por um casaco, nessa forma simples, existe a forma relativa, que no exemplo são as varas de linho, e a forma equivalente, que é o casaco, essa forma simples equivale à troca natural, que não exige o dinheiro, porem ela fica dependente da necessidade das pessoas que trocarão os produtos, como no exemplo se a pessoa que tem o casaco não precisar de linho, não pode haver a troca.
O valor de uso de uma mercadoria é medido pela sua utilidade, e existe em toda ou qualquer mercadoria, e dependendo das relações sociais essa mercadoria pode assumir valor de troca. Numa sociedade em que o dinheiro funciona como forma equivalente geral as pessoas acham que para obter as coisas elas precisam de dinheiro, e este adquire um valor de uso. As mercarias apresentam uma duplicidade, a forma natural e a forma de valor, e apesar disso ele possuem uma forma comum de valor, a forma dinheiro que contrasta com a heterogeneidade das formas naturais que apresentam seus valores de uso.
Para explicar a medida dos valores o autor simplifica utilizando o ouro como a mercadoria monetária. Nesse sentido, o ouro tem por função fornecer a todas as mercadorias o material para sua