A mente seletiva - fichamento
Pág. 11 – “Nossos ancestrais tiveram muita dificuldade para cruzar o mundo pré-humano da história natural para o mundo da cultura humana. [...] A mente humana evoluiu de alguma forma. [...] A maioria das pessoas equaciona evolução com ‘sobrevivência do mais apto’ e, na verdade, a maior parte das teorias sobre evolução humana tem tentado encontrar vantagens ligadas à sobrevivência para tudo o que torna os humanos únicos”.
Pág. 12 – “Desde a revolução de Darwin, esta visão voltada para a sobrevivência pareceu a única possibilidade cientificamente respeitável. Contudo, ela não é completamente satisfatória, uma vez que muitos mistérios ainda permanecem sem explicação. A linguagem humana evoluiu e se tornou muito mais complexa do que seria necessário para funções básicas de sobrevivência. [...] A moralidade e o humor humanos parecem irrelevantes para a tarefa de encontrar alimento e evitar predadores. Além disso, se a inteligência e a criatividade humanas são tão úteis, é desconcertante que outros macacos não tenham evoluído a este ponto”.
Pág. 13 e 14 – “Não precisamos fingir que tudo que há de interessante e agradável no comportamento humano é um efeito colateral de alguma sobrevivência utilitária ou capacidade de aprendizagem geral [...] Este livro propõe que nossas mentes evoluíram não apenas como maquinas de sobrevivência, mas também como maquinas de sedução. Cada um de nossos ancestrais conseguiu não apenas viver por algum tempo, mas também convencer pelo menos um parceiro a manter com ele relações sexuais suficientes para produzir filhos. Os proto-humanos que não atraíram o interesse sexual não se tornaram nossos ancestrais, não importando quão bons fossem em termos de sobrevivência. Darwin percebeu isso e argumentou que a evolução é guiada não apenas pela seleção natural para a sobrevivência, mas por um