A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS
The Book Thief
EUA-Alemanha, 2013
Direção: Brian Percival
Elenco: Sophie Nélisse, Geoffrey Rush, Emily Watson, Nico Liesh, Roger Allam (narrador), Heike Makatsch, Julian Lehmann, Gotthard Lange, Rainer Reiners e Kirsten Block
Duração: 131 minutos
Classificação: 10 anos
A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS/Crítica
Baseado em um romance infalível no Ranking dos mais vendidos, o filme A Menina que Roubava Livros ganha pontos por sua trilha sonora e pelo jovem elenco, mas perde ao desenvolver pouco o amadurecimento da protagonista e ao não dar a merecida ênfase ao narrador observador da história, um dos melhores personagens do livro
Baseado no livro best-seller homônimo, A Menina Que Roubava Livros conta a história de Liesel, uma garotinha extraordinária e corajosa, que vai viver com uma família adotiva durante a Segunda Guerra Mundial, na Alemanha. Ela aprende a ler, encorajada por sua nova família, e Max, um refugiado judeu, que é escondido embaixo no porão. Para Liesel e Max, o poder das palavras e da imaginação se tornam a única escapatória do caos que está acontecendo em volta deles. A Menina Que Roubava Livros é uma história sobre a capacidade de sobrevivência e resistência do espírito humano.
Sempre que um filme aborda um tema delicado como a Segunda Guerra Mundial baseado na perspectiva infantil deve-se ter cuidado para que o resultado não seja demasiadamente velado, e acabe tornando superficiais as consequências da guerra por ter focado na vida de uma criança. A Menina que Roubava Livros consegue passar por cima disso, primeiramente, pela inteligência de seu roteiro. Aqueles que leram o livro no qual o filme se baseia sabe que a menina Liesel sofre com ações diretas ou indiretas da guerra em muitas partes do livro, o que deixa a história mais emocionante e real. Assim como no pequeno e memorável O Menino do Pijama Listrado (2008), de Mark Herman, o protagonismo infantil não diminui a intensidade da destruição da guerra no filme.