A medicina atual acrescenta
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A medicina atual acrescenta, a cada dia que passa grandes descobertas em áreas de investigação com destino a desenvolver novos paradigmas de tratamento para doenças que ainda não tem cura. Entre essas, a esperança de curar doenças genéticas repousa sobre a identificação dos genes que são responsáveis por sua patogênese e sobre a avançada das tecnologias de DNA recombinante, ou "engenharia genética", que assim permite a utilização do genoma de forma cada vez mais eficiente e segura (Watson et al., 2006). Ao mesmo tempo, a determinação de fatores genéticos de suscetibilidade a certas doenças, seu curso e suas manifestações clínicas (NCBI, 2009), assim como o grande avanço na compreensão da biologia celular e molecular de eventos patológicos de extrema importância, tais como processos inflamatórios, distúrbios de proliferação e morte celular programada (Coleman & Tsongalis, 2009), aumentam a expectativa de que a manipulação do genoma possa vir a será aplicada a uma ampla gama de patologias.
No ano de 1990, uma equipe médica dos Estados Unidos da América inseriu um gene sadio no organismo de uma menina doente e essa criança melhorou após esse tratamento. Começava ai uma nova era. A era da terapia gênica (ou terapia genética), ou seja, o procedimento que tem destino a introduzir em um organismo, com a utilização de técnicas de DNA recombinante, genes sadios ("genes terapêuticos) para substituir, manipular ou suplementar genes inativos ou disfuncionais (Linden, 2008).
Nos anos 60, começou a especulação sobre a viabilidade de se utilizar vírus para a transferência de genes para seres humanos doentes e curar doenças genéticas (Friedmann, 1997). Naquela época, considerava-se tanto que os próprios genes de certos vírus pudessem fazer efeito quanto que fosse possível colocar genes humanos sadios em vírus para que esses sejam transferidos ao paciente. Porem, foi só inicio da década de 70 que Paul Berg conseguiu de fato manipular uma molécula de DNA (Jackson et al., 1972),