Um dos principais estudos vygotskyanos é o que chamamos de funções psicológicas superiores ou processos mentais superiores com o objetivo de compreender as origens históricas dos mecanismos psicológicos superiores do ser humano que tem um caráter voluntário, intencional e se diferem dos mecanismos mais elementares. Para a sua concepção, Vygotsky conceitua compreender o funcionamento psicológico, sendo a mediação, seu conceito. Mediação seria o processo onde há uma intervenção de um elemento intermediário em uma relação que deixa de ser direta e passa a ser medida por este elemento, ou seja, entre o estímulo e a sua resposta. Ao longo do desenvolvimento do ser humano com o mundo, as relações mediadas são ferramentas auxiliares em suas atividades que se tornam fundamentais e passam a dominar sobre as relações diretas e o uso de mediadores elevou a capacidade de atenção e de memória, dando ao homem um maior controle voluntário intencional sobre sua atividade não estando presentes ainda em crianças pequenas. Posto que exista uma similaridade entre os mediadores identificados por Vygotsky, este reconhece dois elementos mediadores que têm características amplamente diferentes e que devem ser tratados distintamente: os instrumentos e os signos. Os instrumentos são externos ao indivíduo, sendo sua função ocasionar mudanças no objeto, controlando o processo da natureza. Estes foram feitos ou buscados especialmente com um objetivo e para a sua criação e utilização, foi necessário o ser humano (os animais também utilizam instrumentos de forma rudimentar. É fundamental para o desenvolvimento das funções psicológicas superiores distinguir estes com os homens) desenvolver no trabalho, com sua ação transformadora sobre a natureza, a atividade coletiva, ou seja, as relações sociais sendo instrumento o elemento intermediário entre o trabalhador e o seu trabalho. Já os signos, também chamado por Vygotsky de "instrumentos psicológicos", são externos ao indivíduo, sendo uma marca