A Maçonaria e a Religião
A Maçonaria não é uma seita, não sustenta dogmas e não pretende substituir a religião de ninguém. Coloca-se de forma imparcial entre todas as crenças religiosas e teorias filosóficas, como também, acima de todas as controvérsias, para fazer da liberdade de pensamento, o seu fundamento.
A Maçonaria deixa livre a cada um dos seus membros adotar e seguir a religião de sua escolha, sem que os outros nada tenham a censurar-lhe. Àquele que chega à porta dos seus templos, a Maçonaria diz: “Tu serás aqui o único diretor da tua consciência”. Àquele que é conduzido entre as colunas de seus templos, a Maçonaria declara: “Aqui ninguém te interpelará pela tua crença, nem te injuriará por ela”. Àquele que toma lugar no seu recinto, a Maçonaria assegura: “A nobreza de tuas ações e a tua sinceridade dão-te o direito de seres aqui o único na tua crença. Se estás errado, talvez a verdade te ilumine, mas tu te encaminharás para ela livremente”.
Em matéria de religião, o principal dever do maçom é a prática da tolerância absoluta em relação às crenças alheias, no elevado intuito de, a despeito dos seus antagonismos, aproximar todos os homens de boa vontade, sob a bandeira da liberdade, igualdade e fraternidade. No seio da Maçonaria, os homens de todas as religiões podem reunir-se sem hostilizarem-se e, numa atmosfera de paz e sinceridade, trocar suas ideias em busca do aperfeiçoamento moral da humanidade.
A Maçonaria é sempre a mãe carinhosa no meio das lutas fratricidas. É a mediadora dos interesses privados e das paixões pessoais em choque. É a única força capaz de apaziguar os ódios religiosos quando desencadeados. Para deter os impulsos da sua natureza, o maçom usa de dois freios: o império sobre si mesmo e a supressão dos maus instintos. É o único jogo que lhe impõe a associação: aquele que se rebela contra ele, é perjuro e, como tal, abandonado à sua sorte, depois de julgado maçonicamente.
A maçonaria é a única associação que reúne, sob as