A maternidade divina de maria
A palavra maternidade (condição de mãe) e divina (proveniente de Deus), nos levam a uma única pessoa: Maria. Se Deus quis nascer por seu Filho Jesus Cristo pela ação do Espírito Santo, é óbvio que escolheria para Si uma mãe digna de sua divindade. Por isso criou Maria sem pecado como Ele assim é. Nela Deus pôs os dons e virtudes a fim de preparar sua morada em seu ventre virginal.
O verbo de Deus se fez homem, com o consentimento dela (Lc 1, 38).
O Pai pediu sua anuência; o Filho habitou se seio; o Espirito Santo a cobriu com sua sombra. (Lc 1, 35) (Isto também se confirma em Mt 1, 16 – na genealogia de Jesus).
A contemplação do mistério do nascimento do Salvador tem levado o povo cristão não só a dirigir-se à Virgem Santa como à Mãe de Jesus, mas também a reconhecê-la como Mãe de Deus. Essa verdade foi aprofundada e compreendida como pertencente ao patrimônio da fé da Igreja, já desde os primeiros séculos da era cristã, até ser solenemente proclamada pelo Concílio de Éfeso no ano 431.
Theotokos é o título grego de Maria, mãe de Jesus, usado especialmente na Igreja Ortodoxa e Igrejas Orientais Católicas. Sua tradução literal para o português é: “portadora de Deus” e “aquela que da à luz a Deus”. Maria é a Theotokos porque seu filho Jesus é simultaneamente Deus e homem, divino e humano; Theotokos, portanto, refere-se à Encarnação, quando Deus assumiu a natureza humana em Jesus Cristo, sendo isto possível graças à cooperação de Maria.
Ao confessar que Maria é “Mãe de Deus”, a Igreja professa com uma única expressão a sua fé acerca do Filho e da Mãe e com a definição da maternidade divina de Maria, os Padres da Igreja evidenciaram a sua fé na divindade de Jesus Cristo. A expressão “Mãe de Deus” remete ao Verbo de Deus que, na Encarnação, assumiu a humildade da condição humana, para elevar o homem à filiação divina (cf. Gl 4,4-6).
Para entendermos melhor a maternidade divina de