A matemática no tempo do descobrimento

Resumo dos três primeiros capítulos do livro: “A matemática no tempo dos descobrimentos” A. A. Marques de Almeida

Portugal dos descobrimentos: uma sociedade em transformação e as novas formas da sua leitura

Em finais do século XV, com a expansão portuguesa e a criação da rota do cabo consolidou-se na época o poder econômico de alguns grupos dominantes. Por consequência essas grandes vias de circulação de mercadoria criou uma estrutura formadas por caminhos marítimos, fluviais e terrestres que impulsionaram a monetarização da economia da época. Surgiram assim os primeiros bancos. A partir de então, o número assume um papel fundamental, pois torna-se indispensável na operacionalização das relações da prática social e assim constituísse como um elemento primordial na leitura do mundo. Outro elemento importante que começa a se destacar é a necessidade de se medir o tempo, este passar a ganhar novos olhares no mundo dos negócios. Esta passagem marca o desenvolvimento do sistema capitalista.
Apesar das grandes transformações na sociedade da época, o período é marcado como pré-científico. Onde o homem começa a alargar seu conhecimento sobre a compreensão do mundo real preparando-se para descobertas científicas. Uma das ferramentas que se destacou como inovação para a leitura do mundo foi a aritmética. Até então o homem sempre achava uma solução para os problemas que se confrontavam e caso não encontrava uma solução utilizava meios alternativos. Os problemas em geral eram resolvidos pela falsa posição, por exemplo, quando não se sabia o valor de pi utilizava a fração 22/7.
É importante destacar, que a aritmética da cultura medieval pouco servia para o dia a dia. Pois, não apresentava nenhuma operacionalidade em si mesma. Então, ao uso da numeração de posição foi generalizado, transformando a aritmética em um poderoso utensílio mental da descrição da realidade. Desta forma, o clima mental de Portugal quatrocentista, começa a ganhar inovações que desafiam a