A mancha tipográfica
A Mancha Tipográfica Como Paisagem, por Priscilla Gonçalves Lopes e Berenice Santos Gonçalves
Uma das características mais marcantes do ser humano é a necessidade de se expressar, e existem muitas formas de alcançar esse objetivo. Podemos mostrar nossas emoções em uma pintura, por exemplo. Também assistimos a espetáculos de dança e música, que são outras formas de expressão. E quantas vezes não nos emocionamos vendo um filme ou uma peça de teatro? O homem possui várias formas de se expressar, e a linguagem verbal – composta pela fala e a escrita – é, sem dúvida, a mais evidente, além de ser considerada uma função exclusivamente humana. O Designer Gráfico, trabalhando com diversos meios de comunicação – sinais, cheiros, gráficos, imagens, luzes, objetos, entre outros – deve dominar tanto o universo verbal como o não verbal. O universo não verbal diz respeito à escrita, que é definida como a “forma sólida da palavra”. A tipografia se difere da forma verbal por ser uma abstração, ou seja, não existe relação entre o desenho das letras e seus respectivos sons, assim como não há semelhança entre a palavra escrita e o que ela representa. Cada fonte tipográfica tem suas características e expressões. Pode-se notar isso quando escrevemos uma mesma palavra em diferentes fontes e percebemos que ela nos passa emoções variadas dependendo da que foi escolhida. Tipografia também está relacionada com a harmonia dos tipos entre si, calculando o espaçamento entre linhas e entre tipos, e pensando no tamanho e na espessura do traço, para que quando sejam combinadas em um parágrafo tenham uma leiturabilidade melhor. Na composição de um texto, as letras passam a ser percebidas como um todo, um conjunto em tom de cinza – a isso chamamos de Mancha Textual, e uma característica que pode ser percebida é o Peso Visual. É analisado o desenho das letras, sua espessura e o tamanho da altura-x em relação às ascendentes e descendentes. Caracteres com menor diferenciação de