A LÓGICA DA AÇÃO COLETIVA: A Teoria Tradicional dos Grupos Sociais.

Em sua obra, Olson afirma que a Teoria Tradicional dos Grupos Sociais baseia-se na lógica de duas variantes: Uma informal e outra formal. A variante formal é sustentada pela ideia de que os grupos atuais (organizações e etc.) são simplesmente uma evolução dos grupos já existentes de épocas mais arcaicas, representados, anteriormente, pelas famílias. Já a variante informal acredita que o homem já nasce com o instinto de se unir a associações. Esse “instinto” pode ser visto através da rivalidade que há entre grupos de posições diferentes.

O autor também fala da diferença entre os pequenos e grandes grupos, afirmando que a principal diferença entre eles é que os pequenos grupos podem alcançar um objetivo coletivo pura e simplesmente por causa da atração individual que o benefício tem para cada um de seus membros, e quanto maior o grupo, menos ele promoverá seus interesses em comum. Os grupos pequenos são bem mais eficientes que os grandes para agir coletivamente, isso explicaria o porquê de as organizações recorrerem aos pequenos grupos na maioria das vezes. A deficiência dos grandes grupos deve-se, segundo o autor, ao fato de que cada um ter certo sentimento de irrelevância achando que seu próprio esforço não faria diferença e que, ao final, os benefícios seriam recebidos independente de ele ter ajudado ou não o grupo.

Olson acrescenta que o que serve de muito incentivo aos grupos, além do econômico, os incentivos sociais também são importantes. Mas ele também explica que os conhecidos “grupos de pressão” tem uma importância imensa no sentido de distribuição de poder. Ele afirma que grande parte das injustiças econômicas e políticas da sociedade se devem à barganha de grupos de pressão existentes. Ele acrescenta que o poder dos grupos de interesse é o que determina o desenvolvimento econômico e o progresso.