A Língua Portuguesa
Estudos recentes mostram que o substrato foi um estudo linguístico dominante no ocidente peninsular tem uma forte relação com as línguas antigas do Próximo Oriente, como o ugarítico, o acádio, o hebraico antigo ou o assírio. É possível que essa língua tenha acompanhado os povos que migraram ao longo do Mediterrâneo ao longo de milhares de anos desde o Neolítico. Tanto a toponímia, como a própria língua portuguesa (bem como a castelhana, a catalã, e mesmo a provençal) mostram claramente essa relação1 . Curiosamente já no século XIX o Cardeal D. Francisco de S. Luiz Saraiva (conhecido popularmente por "Cardeal Saraiva"), publicou um trabalho intitulado: Glossário de Vocábulos Portuguezes Derivados de Línguas Orientaes e Africanas Excepto a Árabe, em que se demonstrava que muitas palavras do português encontram paralelo no hebraico antigo no caldaico e mesmo no persa. Contudo este conhecimento foi ignorado, tendo-se retomado a tese da impossibilidade de encontrar a língua do povo que foi colonizado pelos romanos. Também no final do século XX, Moisés Espírito Santo publicou vários e assinaláveis estudos sobre o tema, mas o meio universitário português tem sido reticente à mudança de paradigma. A visão tradicional, geralmente reproduzida, é fortemente latinista e quase ignora totalmente a língua falada pelo povo que foi conquistado por Roma. Os textos que se seguem essa linha de pensamento, estando portanto em desacordo com as ideias mais recentes
Mapa das línguas pré-romanas da península Ibérica
O português tem um substrato céltico/lusitano,2 originado nas línguas faladas pelos povos pré-romanos que habitavam a parte ocidental da península. Várias escritas testemunham a existência de línguas paleo-hispânicas. Em Portugal destaca-se a escrita do sudoeste dos séculos VII e V a.C. no Baixo Alentejo e Algarve. Não há acordo entre os especialistas sobre a origem destes sistemas de escrita, que