A Luta pelo voto feminino no Brasil
RESUMO
A luta pelo voto feminino no Brasil teve inicio em 1910, quando a professora Deolinda Daltro fundou no Rio de Janeiro o Partido Republicano Feminino. Mas apenas a partir de 1919 que começaram as manifestações em prol do voto feminino, quando a bióloga Bertha Lutz fundou a Liga pela Emancipação Intelectual da Mulher. Somente em 1946, o voto feminino passou a ser obrigatório. Porém, analfabetos e analfabetas só tiveram garantido o voto em 1985, o que significa que, nesse primeiro momento, uma parcela reduzida de mulheres participou dos processos eletivos. Este trabalho final visará analisar, a luta pelo voto feminino e por fim, a luta das mulheres também pela participação política, um movimento que está ligado à luta das trabalhadoras brasileiras por melhores salários e condições de trabalho. Este trabalho será feito com base em análise bibliográfica.
1. INTRODUÇÃO
O feminismo no Brasil pode ser compreendido a partir de dois grandes momentos de sua história, chamados de “a primeira onda feminista” e “a segunda onda feminista”, o primeiro tem início no final do século XIX, e vai até 1932, quando as mulheres conquistaram o direito de votar no País, tendo sido a luta sufragista a principal bandeira desse período. Com a instauração do governo ditatorial de Getúlio Vargas, nesse mesmo ano, começa então um período de retração dos movimentos sociais no Brasil, incluindo o próprio feminismo. Após 1947, com a reestruturação de diversos partidos políticos de esquerda, a ideologia socialista estava em alta, e muitas lideranças femininas da época se envolveram em frentes de luta por transformações na sociedade. Assim, os problemas específicos das mulheres passaram a ser vistos como preocupações individualistas, tendo sido deixados de lado em favor das questões “coletivas”. Na década de 1950, teve grande repercussão a iniciativa de grupos femininos contra o alto custo de vida no Brasil. Nesses