A luta pelo direito - resenha
Para obter-se o direito, é necessário travar uma luta, luta esta que pode durar séculos e ter derramamento do sangue de muitos. Quando o direito é conquistado, vem a paz, então esse direito adquirido é usufruído, tanto pela geração que lutou, quanto as próximas gerações que não tiveram de lutar por esse direito, porém, o período de paz é até a próxima conquista, que deverá iniciar novamente uma batalha de lutas.
O direito pode ser objetivo, que compreende os princípios jurídicos manipulados pelo Estado, e o direito no sentido subjetivo representa a atuação concreta na norma abstrata.
A manutenção da ordem jurídica do Estado, concentra em manter a contínua luta contra as trangressões da Lei, por isso, as argumentações não tem tanta relevância, já a origem do direito, desde o primitivo até suas inovações, estão sempre em evolução.
Aquele que questiona determinada norma ou Instituição jurídica, declara guerra a todos esses interesses. Quando o direito existente é defendido pelos seus interesses, o direito novo terá de travar uma luta para impor-se, e como dito anteriormente, pode durar séculos; de um lado, o direito do passado, o direito histórico; de outro lado, o direito sempre em formação, o direito rejuvenescido.
As grandes conquistas da história do direito: a abolição da escravatura, a livre aquisição de propriedade territorial, a liberdade de profissão e de consciência, só puderam ser alcançados através de séculos de lutas.
O autor faz menção ao Direito Romano, em que o credor vendia o devedor como escravo, neste sentido o que predominava era a brutalidade e a crueldade. Desta forma, de acordo com Ihering, não é justo dizer que a