A luta da mulher pela liberdade
A LUTA DA MULHER PELA LIBERDADE Madalena Gomes Evangelista Rodrigues
A música de Mário Lago e Ataulfo Alves “Ai que Saudades da Amélia” retrata a mulher da década de 40. Nessa época a mulher era submissa, dócil, ingênua, fácil de ser manipulada, não tinha vaidade e nem fazia exigências, também não reclamava das dificuldades e nem participava da vida política e econômica, ficando toda a decisão a cargo do marido. Esse modelo de mulher sempre disposta a agradar ao marido era considerado a mulher ideal para o homem desta época. Até hoje uma mulher que se dedica somente ao lar, aos filhos e ao marido é chamada de Amélia. A mulher retratada vítima da sociedade patriarcal, é dependente do homem desde o seu nascimento, primeiro devia respeito e submissão ao pai e depois ao marido a quem venerava e obedecia cegamente e não questionava suas decisões. Esse modelo de mulher ideal, cuja tarefa caberia a de procriar, em que passava a maior parte de sua vida grávida ou amamentando, cuidando dos filhos e do marido, exercendo as tarefas domésticas de lavar, passar, cozinhar predominou na sociedade patriarcal. Até hoje ouvimos pessoas idosas dizer que “antigamente a mulher esquentava a barriga no fogão e esfriava no tanque”, Isso se tivesse o privilégio de ter um tanque, era comum lavar roupas nos rios, os fogões de lenha e os ferros de passar à brasa tornando o trabalho mais difícil e penoso. Com início do processo de industrialização e o movimento feminista as mulheres começaram a lutar por seus direitos. O movimento feminista iniciou a luta em defesa dos direitos da mulher por uma sociedade mais justa, contra o machismo que considera a mulher inferior ao homem. Na década de 60 o movimento feminista é marcado pela luta das mulheres por espaço no mercado de trabalho, mas, ainda a sociedade é conservadora no que diz respeito a liberdade sexual. Uma grande conquista para as mulheres foi o surgimento da