A loucura feminina, além dos comportamentos considerados anormais com base em praticas sociais, era também descrito como aspectos anti-naturais. A mulher era considerada naturalmente propensa ao comportamento “santo”, ao matrimônio, maternidade, a dona de casa, a frágil. Se a mulher fugisse do padrão, ela era considerada como uma doente mental, que era mais fraca moralmente e que teria algo perverso e errado em sua feminilidade. Enquanto o caráter do homem era relacionado à sua cultura, o da mulher era relacionado à natureza e as suas leis. O estudo das doenças mentais femininas eram relacionadas ao ciclo menstrual, gravidez e parto. As fronteiras entre o normal e o patológico no mundo da sexualidade feminina, contém conteúdos controversos. O centro disso tudo era situado em torno do reconhecimento ou da negação do prazer sexual da mulher. Dr Willian era defensor da anestesia sexual da mulher. Segundo ele as mulheres não se importavam com sentimentos sexuais. As que possuíam anomalias ninfomaníacas deveriam ser confinadas em hospícios. Acreditava-se que por natureza o instinto materno eliminava o instinto sexual. Ser mãe era a única forma de evitar que a mulher fosse dada como doente mental. Um pouco mais adiante alguns médicos reconheceram a existência do prazer e desejo sexual da mulher. Não só o reconhecimento como o estimulo a sexualidade feminina. Segundo os médicos a ausência da vida sexual levaria a mulher se masturbar e com isso causaria aborto ou adultério. Eles restringiam as mulheres na pratica e prazer sexual de forma que elas tivessem um prazer , um gozo sexual quando amamentassem. Ficou claro que a delimitação de uma sexualidade normal e patológica está ligado com a reprodução. Se a mulher buscasse seu prazer sem visar a reprodução estaria “pervertendo” sua natureza, dado como patológico. A natureza e a essência da mulher era a maternidade sendo que o seu desejo sexual não pode estar desvinculado dessa natureza. Ser mãe era garantia de sanidade