A logica do destino humano
Resenha do texto: Não Zero – A lógica do destino humano (Robert Wright)
“Se a chave do ‘milagre europeu’ está na geografia, não é tanto na proximidade relativa de Europa e China com relação à América, mas nas geografias políticas de Europa e da China. A Europa compreendia vários laboratórios independente de testes de memes, enquanto que a China dispunha de unidade política[1]”
Em seu texto, Wright apresenta uma perspectiva completamente diferente sobre a História mundial. Permeado por otimismo, vê grandes avanços que ocorreram ao longo dessa como acasos ou ainda frutos de necessidades primárias das populações locais, e não de grandes acontecimentos excepcionais, como o faz ao analisar a escrita, por exemplo. Esta teria surgido como simples maneira de auxiliar na contabilidade e no registro da vida, espontaneamente em várias partes do mundo, sem necessariamente uma civilização que a tivesse criado. Outro exemplo é sua visão de a agricultura como fruto de necessidade de status e objeto para aumentar o potencial sexual de um agricultor, ao invés de grande necessidade de subsistência imposta por fatores externos. Com relação à explicação sobre porque o ocidente teria se desenvolvido tanto em contraste com o oriente nos últimos séculos, utiliza-se de análise análoga. A China teve potencial econômico para levar a cabo uma revolução industrial antes mesmo dos europeus. No início do séc. XV, antes de Colombo lançar as grandes navegações européias, a China já teria uma frota desenvolvida para tanto. Mas seu histórico da invasão bárbara mongol somada a uma dinastia que ascendeu ao poder no séc. XV ter filosofia isolacionista (em 1433 os chineses interromperam a exploração marítima), foram acasos determinantes para uma mudança política que alterou toda a composição política mundial posterior. Além disso, Wright defende que a constituição de um império garantidor da unidade política na China foi também prejudicial, pois