A literatura e o Direito
O Direito e a Literatura são compatíveis quase que completamente. Estabelecer as relações entre Direito e Literatura torna-se importante para o estudo da Literatura, bem como para o estudo do Direito. Há um encontro importante e inevitável entre Direito e Literatura capaz de tornar mais concreto o ensino de um e de outro complementando a ambos.
Relevância do estudo do direito na literatura.
O estudo da literatura como complemento ao estudo do Direito cria novas possibilidades de compreensão do direito.
A aproximação entre direito e literatura pode proporcionar a leitura consciente e reflexiva da literatura, fomentando a reflexão individual e crítica acerca da produção de conhecimentos e das relações de poder, a promoção da discussão do papel do cientista e do intelectual na sociedade moderna, bem como a reflexão sobre a possibilidade de pensar sobre o fenômeno jurídico não apenas com base na racionalidade prática, mas também a partir de uma racionalidade emocional ou empática, proporcionada pela literatura. A aproximação entre direito e literatura pode ser, ainda, o momento de inauguração ou de abertura para a leitura e análise dos textos literários. A imaginação/ficção literária se apresenta como elemento privilegiado na compreensão da realidade, pois sem imaginação é impossível compreender a realidade. A literatura pode assumir, assim, um importante papel na tentativa de examinar os condicionamentos, os diferentes usos da linguagem e a vocação problematizadora do direito. A obra jurídica e a obra literária, de um modo geral, partem de um contexto que poderíamos chamar de problemático, ou seja, enquanto o direito surge dos fatos
(realidade), a obra literária aparece a partir do contexto ficcional ou imaginário (ficção).
Um ou outro, seja baseado na realidade, seja na ficção, originam-se de problemas
(concretos ou não). Todavia, ambas possuem em comum a forma de se expressar: a
Linguagem.
A reciprocidade entre