A literatura no Cariri cearense (em elaboração)
Emerson Monteiro
Há registros antigos dos primeiros colonizadores através dos documentos oficiais de posse da terra, no entanto que fossem literatura no real sentido, isso sem considerar também o modo antropofágico com que o europeu lidou com a cultura oral dos aborígenes, esquecidos que foram da riqueza original daqueles primeiros habitantes que aqui encontraram e dizimaram, a tomar seu território. Frei Vicente Salvador estuda os momentos da vida colonial, sem, contudo, situar no território caririense momentos de preocupações literárias. Casimiro de Abreu, história. (Ver outros autores primevos).
Em meados do século XIX, aqui passou o naturalista inglês George Gardner, que fixou, na sua obra Viagem ao Interior do Brasil, descrição de Crato, onde passou alguns meses e conviveu com sua população.
Daí vêm as primeiras manifestações que caracterizam o que se possa denominar de literatura regional, já em finais do século, quando, inclusive, surge o primeiro colégio, o São José, depois revertido no Seminário São José, em Crato.
A origem do Seminário São José começa pelo desejo do primeiro bispo do Ceará, Dom Luiz Antônio dos Santos (1861-1881), de fundar em Crato um educandário religioso. Para executar este sonho, Dom Luiz Antônio enviou em 1872 dois padres lazaristas, Guilherme e Antônio, que pregaram a necessidade deste projeto e recolheram donativos indispensáveis para a sua então realização. O Seminário foi oficialmente fundado no dia 8 de março de 1875, em capela e galpões de taipa e palha. (site Companhia dos Padres de São Sulpício – Província do Canadá).
A criação do citado educandário passa a permitir formação de autores, dentre esses jornalistas, memorialistas, poetas, cronistas, contistas e romancistas, que cumprirão atividades relacionadas à produção de jornais e livros.
Dentre os principais jornais relativos à segunda metade do século XIX e a primeira metade do século XX podem ser considerados