A literatura arcadista/ Domingos Barbosa

A literatura do arcadismo no Brasil

No período do século XVIII, a juventude da elite brasileira começou ir estudar e buscar conhecimento nas cidades de sua metrópole, Portugal principalmente em Coimbra, busca que deu uma forte influência dos autores europeus e de suas ideologias aos jovens para que voltassem ao Brasil como uma elite intelectual, que visava a sabedoria principalmente através da literatura.
Os ideais que os jovens traziam para o Brasil se focaram justamente em ser contra os ideais e propostas do governo de Portugal.Nessa época, Portugal procurava suprir seu déficit na economia, sendo assim a economia brasileira se concentrando nas cidades de Rio de Janeiro, Bahia e Minas Gerais era voltada para a era do ouro e da mineração, no entanto os minérios começaram a ficar em falta, além dos altos impostos cobrados consequentemente, surgiu a necessidade do Brasil de buscar uma forma para se desvincular de Portugal, tomando como inspiração a Independência das 13 Colônias e da Revolução Francesa, o Brasil sabendo dos prejuízos que a metrópole causava em sua terra, começou a concretização da Inconfidência Mineira provindo da área de mineração de Vila Rica, berço dos principais acontecimentos históricos do período, e o aparecimento do Arcadismo.
Em meio a esta situação social e política, o Arcadismo chegava à literatura brasileira, rompendo assim, com a estética barroca e dando lugar a uma nova tendência literária, em 1768, através da publicação de “Obras”, de Cláudio Manuel da Costa e se estende até 1836 com a obra “Suspiros poéticos e saudades” de Gonçalves Magalhães . O movimento árcade permaneceu como tendência literária até o início do Romantismo.
O Arcadismo no Brasil ficou marcado pelo estilo dualista dos seus autores que apesar de influenciados pelos europeus, conciliavam as características do estilo árcade; a busca por uma vida simples, pastoril, a valorização da natureza e do viver o presente, com os problemas do Brasil colônia.
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