A linguística sistêmico funcional
Gramática Sistêmico-Funcional (em português do Brasil) ou gramática sistémico-funcional (em português europeu) é o nome dado ao modelo de descrição e análise linguística desenvolvido desde a década de 50 do século XX por Halliday. Para, por um lado, contestar o seu estatuto minoritário em relação a outros modelos teóricos em alguns países (como é o caso de Portugal, por exemplo), e, por outro, para fazer destacar a sua natureza científica, há quem fale mesmo em Linguística Sistémico-Funcional. O modelo da Gramática Sistêmico-Funcional (ou gramática sistêmica-funcional) é sistêmico porque vê a gramática como um sistema de escolhas potenciais não-arbitrariamente motivadas, e é funcional porque procura explicar as implicações comunicativas de uma seleção dentro de um desses sistemas.
Trata-se ainda de um modelo de descrição e análise linguística funcional, porque não se limita a identificar categorias linguísticas e procura determinar as funções das mesmas.
Segundo a Gramática Funcional proposta por Halliday, os componentes essenciais do significado na língua são componentes funcionais. Todas as línguas organizam-se em tipos fundamentais de significado ou componentes: o ideacional ou reflexivo, manifestando o propósito de compreender o ambiente; o interpessoal ou ativo, manifestando o propósito de agir com outros no ambiente; e o textual, combinado a outros componentes, que é de grande relevância aos outros dois. Outro componente imprescindível para os demais é o contexto. Contexto é a relação entre o texto e a situação em que ele ocorre dentro do texto. É o conjunto de circunstâncias em que se produz a mensagem que se deseja emitir- lugar e tempo, cultura do emissor e do receptor, etc. - e que permitem sua correta compreensão. Também corresponde onde é escrita a palavra, isto é, a oração onde ela se encontra. A linguística sistêmica é funcional, ou seja, ela procura dar conta de como a linguagem é usada, uma