A Linguística não é prescritiva nem normativa
a. “A Linguística não é prescritiva nem normativa, ela é uma ciência descritiva e explicativa”.
Segundo Silvia Maria de Souza e Vanise Medeiros, aula 1, a Linguística pode ser definida como a ciência da linguagem, cujo seu objeto de estudo é a língua. A Linguística, por ser científica, não é prescritiva nem normativa, pois adota um ponto de vista descritivo e explicativo, isto é, busca explicar, compreender e descrever os fatos da língua sem emitir julgamentos ou impor normas sobre o seu melhor uso. No entanto, quantas vezes dizem que a palavra trabisseiro “não existe” (porque o “certo” seria dizer travesseiro)? Portanto a Linguística não desrespeita o fato de que milhões de pessoas dizem trabisseiro, mas registra o fato e leva-o em conta em sua descrição e teorização. Sendo assim, como qualquer ciência, a Linguística descreve e estuda o objeto (língua) como ele é sem especular nem fazer afirmações de como a língua deveria ser.
B. “É corriqueira a observação de que os animais são capazes de exteriorizar (comunicar) o medo, o prazer, a cólera, etc., por meio de determinados sons ou gestos. (...) Pode-se chamar a esse tipo de comunicação “linguagem”?
Segundo Silvia Maria de Souza e Vanise Medeiros, aula 2, a Linguística considera como linguagem, a capacidade que os seres humanos possuem para se comunicar uns com os outros. Diferente dos humanos, muitos animais, embora sejam capazes de simbolizar, não são capazes de reproduzir, responder, nem criar novas mensagens, entre outras impossibilidades. Portanto, os animais não têm uma das características centrais da linguagem humana: a capacidade fundamental da decomposição da linguagem em elementos menores para com eles formar outras palavras. A comunicação entre as abelhas é um bom exemplo. Ainda que consigam simbolizar, produzir e compreender, elas não são capazes de reproduzir