A linguística como ciência
Andréia Costa Mouzinho
Lyons e Martelotta discorrem sobre o estudo da linguística como ciência e as características que a permeiam, relatando conceitos como: a objetividade e o empirismo, presentes nos estudos linguísticos. Lyons faz uma distinção entre lingüística e gramática tradicional - descritivo e prescritivo - respectivamente. Martelotta centraliza a discussão do status científico da linguística, mas ambos demonstram a finalidade do estudo linguístico, e afirmam não haver língua melhor ou pior. Lyons define a lingüística como o estudo científico da língua, por entender que a investigação dela (língua) se dá por meio da observação verificada empiricamente, ou seja, por meio de experiências, e com referência a uma teoria geral da sua estrutura, isto é, a lingüística, segundo Lyons, tem por finalidade construir uma teoria geral da estrutura da língua que faça compreender a natureza da linguagem, pois o autor afirma que todas as línguas estão sujeitas às mudanças e que não há padrões absolutos de correção. Por isso diz-se que a lingüística é descritiva, registra regras de como se comportam membros de uma determinada comunidade, sem colocar-lhes regras de comportamento exógenas. O autor diz que há, no estudo da lingüística, a dificuldade de encarar a língua objetivamente, haja vista que, ela é algo familiar desde a infância. No entanto, Lyons relata que não é só a familiaridade prática com a língua que impede a investigação objetiva, mas também os preconceitos sociais, culturais e nacionalistas, além das falsas concepções populares “como membro individual de uma comunidade lingüística, o lingüista terá