A Linguagem Do Advogado
O advogado que não consegue ter uma linguagem correta tem problemas em expressar seus pensamentos. Uma vez que sem saber o português, não há chance de comunicação.
Para ter o perfeito domínio deve-se recorrer ao estilo forense (clássico), que implica a não utilização da linguagem coloquial, ou seja, a proibição do uso de gírias. Expressões vulgares e pedantes, assim como argumentos óbvios não se aplicam à linguagem de um advogado.
A apresentação física de um advogado também consiste em sua linguagem. De acordo com Theotônio, deve haver espaçamento duplo entre as linhas, orações curtas, sem longos parênteses e digressões. A linguagem deve ser sempre direta.
Como o principal intuito do texto jurídico é convencer o juiz, é necessário se expressar com clareza. À vista disso, não há erros quanto a repetição de uma mesma palavra que tenha a função de prender o raciocínio do juiz.
Outra questão é resumir a ideia sempre que terminar de contá-la. A exposição dos fatos devem sempre anteceder a exposição do direito.
O gerúndio, assim como o excesso de subordinadas devem ser evitadas. O estilo a ser adotado é o ático, que representa algo limpo, natural, puro.
De acordo com o autor, a conduta do advogado é que inspira a sua linguagem. Nesse sentido, ele não pode aceitar qualquer caso, sem antes encontrar sua base legal e moral, uma vez que o advogado é o auxiliar da justiça, e não pode perder sua ética profissional. Outra questão muito importante para o advogado é sempre manter sua credibilidade.
O profissional deve respeitar sempre o juiz, porém não deve subserviência (bajular), nem temê-lo. O papel do juiz é interpretar a lei, não participando da causa. Por isso não deve-se fazer menção pessoal a ele.
Uma coisa que não se pode esquecer é que defender a causa, visando ganha-la não implica desrespeitar o colega de profissão. O advogado não tem nada a ver com as brigas entre as partes.
Finalmente, o advogado deve