A liga dos estados árabes
O presente trabalho trata da formação da Liga Árabe, ou Liga dos Estados Árabes, importante organização política de vínculos militares e culturais. Ao longo do trabalho procura-se demonstrar suas características, seu envolvimento geopolítico e determinações históricas, no sentido de indicar qual o seu papel nas dinâmicas políticas, econômicas e culturais do Oriente Médio.
HISTÓRIA:
Depois da Guerra, a Síria e o Líbano permaneceram oficialmente sob influência da França, mas se tornaram independentes. Também no Egito e na Palestina, a influência britânica começou a ser cada vez mais restringida. Os palestinos, no entanto, temiam a proclamação do Estado de Israel.
Na tentativa desesperada de evitar que se formasse uma nova base de influência não-árabe na região, sete países independentes resolveram reunir-se em 1944 em Alexandria, e um ano depois, no Cairo, para discutir medidas a serem tomadas. A 22 de março de 1945, então, os representantes da Síria, Egito, Líbano, Transjordânia (Jordânia, a partir de 1950), Iraque, Arábia Saudita e Iêmen anunciaram a criação de um "pacto de solidariedade". Outros países foram convidados a integrar a aliança, assim que conquistassem sua independência.
O grupo, entretanto, enfrentou divergências internas. A Síria e o Iraque defendiam a formação de uma unidade política. A Síria, por seu lado, ainda não via no Líbano uma nação soberana, enquanto os libaneses brigavam entre si pela conquista do poder. Já a Arábia Saudita e o Iêmen possuíam muitas afinidades, mas desenvolveram características próprias que os distanciaram.
Por seu lado, a Palestina ainda não possuía representação política oficial árabe, mas enviou um representante para a assinatura do pacto de criação da Liga Árabe. Seu objetivo era a cooperação pan-arábica nos setores comercial, cultural, educacional e da saúde. Apesar de criticar duramente a criação de Israel, a Liga não conseguiu evitá-la. Nem os problemas internos conseguiu resolver.
O