a liberdade é azul
Após um trágico acidente de carro, Julie (Juliette Binoche) perde o marido, um famoso compositor, e a filha.Após uma tentativa fracassada de suicídio, ela volta a se interessar pela vida ao se envolver com uma obra inacabada de seu marido, que era um músico de fama internacional. Para se libertar do trauma, elaprocura deixar para trás tudo o que lhe lembre o passado e assim reencontrar a vontade de viver. Primeira parte da Trilogia das Cores, na qual o diretor polonês Kieslowski usa como tema as cores e oslemas nacionais da França: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
Análise Existencial do filme
A Liberdade é Azul
A Liberdade é azul, poética e musical. Mas também pode ser dramática e sofrível. Aliberdade pode ser tudo e representar o nada, ou ser nada e representar o tudo.
Não existe dor maior que um ser humano pode sentir do que perder um filho. Não se trata de especulação, mas de um fatoconcreto; quem tem filho sabe que o simples pensamento sobre a possibilidade de nunca mais vê-lo já é capaz de causar arrepios. O que dirá, então, de perder não apenas um filho, mas também o marido,durante um acidente de automóvel absolutamente estúpido e banal?
Julie após o acidente entra em uma crise acidental, ela sai do hospital e quer esquecer o passado. Livra-se de tudo que remete à suafamília perdida, a casa, os objetos, os empregados, os amigos e deixa de trabalhar. Mantém porém um lustre azul. Muda-se para um apartamento distante e isola-se.
A dor dela é palpável; em certosmomentos Julie pára sufocada, com dificuldade até para respirar. Mas é uma reação muda, pois ela não consegue chorar, “eu choro pela senhora”, diz em certo momento a criada da família. Não