A LEITURA E A PRODUÇÃO TEXTUAL ENTRE OS JOVENS E OS ADULTOS
Durante o curso da vida, o indivíduo aprende a perceber, de forma mais minuciosa, certos aspectos da realidade quando o guia algum incentivo especial ou, particularmente, quando lhe foi oferecida uma educação com esse propósito. Entendemos que estimular a percepção sobre a realidade, elaborar conceitos afins e expressar as próprias opiniões sejam as tarefas reais de toda ação educadora. Infelizmente, a história da educação brasileira desenha-se a partir de muitos insucessos pessoais e sociais, de inadequadas e insuficientes políticas públicas, de frágil e restrito espaço de eqüidade e justiça. Ainda é grande o compromisso ético da sociedade brasileira quanto à qualidade da educação em face da presença e da permanência estarrecedora da exclusão educativa social no Brasil.
Compreendemos como qualidade da educação a capacidade de proporcionar aos alunos o domínio de códigos culturais básicos, o desenvolvimento da capacidade de resolver problemas e seguir aprendendo, o desenvolvimento de valores e atitudes compatíveis com uma sociedade que deseja uma vida de qualidade para os seus habitantes, a capacidade para a participação cidadã e democrática. E a democratização é o movimento que faz emergir o sujeito da educação, o qual, até o momento de acontecer o processo educativo, encontra-se imerso no contexto da sociedade. Enquanto imerso, é mero espectador. Emergindo, segundo Paulo Freire (1998), “descruza os braços, renuncia a ser simples espectador e exige participação. Já não se satisfaz em assistir; quer participar; quer decidir”.
Portanto, a educação que se faz necessária no Brasil é aquela que democratiza oportunidades, experiências, tornando o sujeito, seja ele criança, jovem ou adulto, um ser capaz de indagar, questionar, decidir, optar, criar, em um crescente e intenso processo de aprimoramento de sua trajetória. O sujeito, ao assumir uma postura crítica no processo de fazer-se sujeito