A Leitura No Estudo Autosaved
6205 palavras
25 páginas
A leitura no estudoPLANO DO CAPÍTULO
Introdução
A selecção do que ler
Treinamento e ambiente
Rendimento e rapidez
A vez do vocabulário
INTRODUÇÃO
Até agora esta parte prática discorreu sobre pontos básicos, tomando o estudo como um todo. Agora devemos aprofundar a metodologia do estudo a um dos itens mais significativos: a leitura.
Em qualquer meio intelectual a leitura constitui um dos factores decisivos do estudo. É principalmente através dela que as pessoas ampliam e aprofundam seu campo cultural, porque os textos formam uma fonte praticamente inesgotável de ideias e conhecimentos. Portanto, é preciso ler, sempre e muito.
Não basta, porém, ser alfabetizado para realmente saber ler. Há leitores, por exemplo, que deixam os olhos passarem pelas palavras enquanto sua mente voa por esferas distantes. Esses lêem apenas com os olhos. Só percebem que não leram quando chegam ao fim de uma página, um capítulo ou um livro. Então, devem recomeçar tudo de novo porque de facto não aprenderam a ler.
Sim, é preciso ler, mas também é preciso saber ler. De nada adianta devorar um livro de duzentas páginas em algumas dezenas de minutos, horas ou dias se, ao terminar a leitura, não se pode dizer nada sobre o que se acabou de ler. O tempo gasto em leituras assim é inteiramente desperdiçado. A quantidade de leitura é sempre significativa, mas somente quando assimilada de maneira adequada, ou seja, quando aproveitada. Caso contrário, é como se ir a um concerto sinfônico e dormir. Há gente que faz exactamente isso e depois discute o desempenho do maestro. Aqueles que só lêem com os olhos e não com a mente enganam-se a si próprios.
Cabe, porém, distinguir duas espécies de leitura: uma que se pratica para cultura geral, de entretenimento desinteressado, outra que requer atenção especial, profunda concentração mental e que é realizada por necessidade de saber.
Na primeira pode-se classificar a leitura diária dos jornais e revistas de actualidades. Evidentemente não se lêem jornais