A legitimidade de combater violência com violência

Segundo a'' Human Rights Watch'', ONG internacional que realiza pesquisas sobre os direitos humanos, estimativas apontam que não, uma vez que as polícias do Rio de Janeior e São Paulo juntas matam mais de 1000 pessoas por ano em supostos confrontos. Essa instituição é autorizada a usar de força letal como último recurso para se proteger, mas a noção de que esses homicídios seriam cometidos em legítima defesa ou seriam justificados pelos altos índices de criminalidade, é insustentável.
A violência fardada é testemunhada e registrada pelas corregedorias também em situações do cotidiano como o uso excessivo de balas de borracha e de bomba de efeito moral perante manifestantes em passeata numa via pública. Exemplo disso, são vários cidadãos simplórios feridos por tumulto causado entre baderneiros e vigilantes do estado que revidaram com bestialidade.
Ademais, os tiroteios com bandidos realizados de maneira aleatória pondo em risco a vida de pessoas inocentes que moram e caminham na área de confronto, são inadimissiveis. Os policiais têm a função de manter a ordem, assim prevenindo e reprimindo crimes, mas eles devem atuar de acordo com a lei, respeitando os direitos fundamentais do cidadão – como o direito à vida e integridade física.
Diante do exposto, esta prática deve ser vista como graves violações aos direitos humanos e à cidadania, o que contraria o texto constitucional. O Estado, deve suprir a deficiêcia que ocorre quanto a justiça social, pois é dessa que se origina o abuso de autoridade. É válido o investimento em educação escolar, o aumento da remuneração, e reconhecimento dos riscos gerados pela profissão, para que não haja revoltas, através da aspereza contra seu próprio