A Irrigação e o Sistema Oclusor na Colostomia
Introdução
A evolução das ostomias, através dos tempos, inicia-se em 300 a.C. onde foram relatadas as primeiras cirurgias abdominais descritas por Aurelianus Caelius.
Este procedimento ficou estagnado durante a Idade Média por considerarem o corpo um ser sagrado. No século XVI, já no Renascimento, segundo Zampiere, Jatobá e
Paracelsus o ânus artificial já era utilizado (1).
A idealização da colostomia ocorreu com Alex Littre em 1710, considerado o pai da colostomia, embora não a tivesse realizado(2).
A colostomia, procedimento cirúrgico que forma um ânus artificial, instituído e utilizado como tratamento, teve origem em 1793 pelo doutor Duret, que realizou o primeiro estoma bem sucedido em uma criança com ânus imperfurado. Em 1883,
Vincent Czerny realizou o primeiro tratamento combinado para o câncer retal com a criação de uma colostomia. Neste mesmo ano a colostomia em alça com bastão foi introduzida por Madyl, enquanto que a colostomia com duas bocas foi descrita por
Block em 1892. Mayo em 1904 e Miles em 1908 descreveram a amputação abdominoperineal com a criação de uma colostomia definitiva. Em 1879, Baum realizou a primeira ileostomia para o tratamento de um paciente com tumor obstrutivo de cólon, na Alemanha(3).
A Estomaterapia é uma especialidade (pós-graduação latu sensu) da prática do enfermeiro – instituído no Brasil em 1990 – voltada à assistência de pessoas com estomias, fístulas, tubos, catéteres e drenos, feridas agudas e crônicas e incontinência anal e urinária, nos aspectos preventivos, terapêuticos e de reabilitação. Sua origem ocorreu em 1958 quando Rupert Turnbull, médico da
Clínica de Cleveland, com Norma Gill, ileostomizada e reabilitada, perceberam a necessidade da implantação de programas visando à orientação das pessoas sobre o autocuidado com a ostomia(4,5).
Esse
momento passou a ser consagrado como o nascimento da
estomaterapia, quando Norma Gill, apesar de não ser enfermeira, foi a primeira