A ironia em memórias póstumas de brás cubas
“A ironia é a ultima fase da desilusão” Anatole France(escritor francês)
Pode-se perceber que de acordo com Anatole France a ironia leva as pessoas a acreditar em coisas que não necessariamente seriam verdades mas que para aquele que dela se utiliza tem todo um sentido. Na escola literária realista há necessidade em se apresentar a verdade, os fatos selecionados como realmente eles acontecem por se tratarem da vida real, fugindo da artificialidade e do sentimentalismo, da descrição da vida desordenada, por meio do retrato fiel das personagens, o autor não impõe seus sentimentos aos personagens deixando-os livres para resolverem-se mutuamente, buscando interpretar a vida, selecionando os fatos que são necessários para serem contados encara o presente, nas minas, nos cortiços, nas cidades, nas fábricas, na política, nos negócios, nas relações conjugais, etc. Qualquer motivo de conflito do homem com seu ambiente ou circunstantes é assunto para o realista. Memórias póstumas de brás cubas é uma história , narrada por um defunto-autor. Brás Cubas, o narrador-personagem, é apresentado nela, por Machado de Assis, como um homem pretensamente superior, a fim de revelar exatamente o oposto, ou seja, o quanto a condição huamana seria frágil, precária. Vemos que se revela o realismo irônico, de forma universal e intemporal, surgindo ante os leitores a postura niilista, ou seja, de completa negativa de tudo, misturada à filosofia e à metafísica Supostamente, as memórias foram escritas por um "defunto-autor", ou seja, um narrador-personagem que conta sua vida depois de morto, do além-túmulo. Machado de Assis utiliza-se da ironia como um recurso para fazer o leitor desconfiar das declarações, pensamentos e conclusões do narrador Brás Cubas.
A ironia é um dos traços mais marcantes da obra de Machado de Assis e aparece ainda mais acentuada nos chamados romances da maturidade. Pode ser entendida como mais um