A INVERSÃO DA DIALÉTICA DE MARX
Para Engels, "a dialética é a ciência das leis gerais do movimento, tanto do mundo externo quanto do pensamento humano." A dialética é a estrutura contraditória do real, que no seu movimento constitutivo passa por três fases: a tese, a antítese e a síntese.
A Dialética Marxista - Hegel foi o primeiro a contrapor a lógica dialética à lógica tradicional. Para ele, compreender a natureza é representá-la como processo. Mas, sendo idealista, explica a realidade como constituída pela racha do pensamento.
Karl Marx e Friedrich Engels partem do significado da dialética hegeliana, mas promovem uma inversão, pois são materialistas, ao contrário de Hegel, que é idealista.
Segundo Marx, no caso de Hegel, "a dialética apoia-se sobre a cabeça; basta repô-la sobre os seus pés para lhe dar uma fisionomia racional".Isso significa que, para Hegel, é o pensamento que cria a realidade, sendo esta a manifestação exterior da Idéia. Para Marx, o dado primeiro é o mundo material, e a contradição surge entre homens reais, em condições históricas e sociais reais.
As relações fundamentais de toda sociedade humana são as relações de produção, que revelam a maneira pela qual os homens, a partir das condições naturais, usam as técnicas e se organizam por meio da divisão do trabalho social. As relações de produção correspondem a um certo estádio das forças produtivas, que consistem no conjunto formado pelo clima, água, solo, matérias-primas, máquinas, mão-de-obra e instrumentos de trabalho. Chamamos modo de produção a maneira pela qual as forças produtivas se organizam em determinadas relações de produção num dado momento histórico. Por exemplo, no modo de produção capitalista, as forças produtivas, representadas sobretudo pelas máquinas do sistema fabril, determinam as relações de produção caracterizadas pelo dono do capital e pelo operário assalariado.
No entanto, as forças produtivas só podem se desenvolver até certo ponto, pois, ao atingirem um