A Invalidez como um valor Atribuído

Trabalho final de disciplina: AR501
Aluno Taynan Leon Vieira Sanchez, curso MU22 (Licenciatura em música), RA 105708, UNICAMP, 1s 2014

Introdução:
O presente trabalho está dividido em duas partes, a primeira é uma resenha construída sobre o primeiro capítulo do livro Escola Inclusiva, da Lúcia Reily, que introduz importantes conceitos acerca da linguagem e comunicação. Em seguida procurarei desenvolver o tema da “Invalidez como um valor atribuído”, procurando expor a necessidade do convívio e inclusão dos alunos no âmbito da escola, sejam eles intrinsicamente portadores de deficiência de qualquer gênero, ou não. Para tal será abordado o filme iraniano A Maçã, e a biografia do compositor espanhol Joaquin Rodrigo, como objetos de análise.

Resenha – Escola Inclusiva, CAP.I
“Fundamentos e pressupostos – cultura, linguagem, mediação, ensino e aprendizagem”

O que nos constitui como seres humanos? Nossas heranças biológicas, ou nossas experiências sociais?
Com essa pergunta Reily abre seu primeiro capítulo, levando-nos a questionar dentro dessa encruzilhada, se somos o que nascemos, (humanos), ou se nascemos para nos tornarmos humanos.
Muitos avanços recentes no âmbito da genética e nos estudos da biologia humana, revelam que sim, por um lado nascemos todos humanos, com capacidades físicas e cerebrais que levaram-nos a crescer como sociedade, e a habitar o mundo através de nosso particular ponto de vista. Mas os estudos e experiências sociais levam-nos a perceber, cada vez mais, a grande importância do convívio com seres humanos para nosso desenvolvimento pessoal. A necessidade de viver em sociedade para então tornarmo-nos humanos capacitados a vivenciar o mundo como tal.
Ao nascer e crescer numa determinada sociedade, herdamos dela todo o conjunto simbólico integrante de sua cultura, - sua linguagem, suas ferramentas físicas, econômicas e psicológicas, suas crenças... – tudo isso passa a nos integrar, e nos faz humanos. Para Vigotsky,