A introdução do serviço social no Brasil
O Serviço Social no Brasil surgiu na década de 1930, por iniciativa da Igreja
Católica e concomitantemente à implantação das Leis Sociais, que na verdade, se tratavam das leis trabalhistas de Getúlio Vargas. O crescimento do contingente de proletários com suas famílias, verdadeiros amontoados nos cortiços da época, a insatisfação desses profissionais com a excessiva jornada de trabalho e os baixos salários, obrigaram o Estado a promover algumas concessões que, na verdade, tinham como pano de fundo o controle das massas. Desta forma foi implantado o trabalho de agentes sociais para atuarem no controle social dos que só tinham a sua força de trabalho para vender. A implantação do Serviço Social se dá no decorrer desse processo histórico, surgindo da iniciativa particular de grupos e frações de classe, que se manifestam, principalmente, por intermédio da Igreja Católica que recrutava as “agentes sociais” dentre os membros da classe dominante, fornecendo-lhes uma formação ideológica cristã, com propósitos de atuação baseados na caridade e na repressão. Essas agentes, na maioria jovens da sociedade, atuavam junto às mulheres e crianças com instruções sobre higiene, prendas domésticas, moral e valores normatizados pela doutrina cristã, em 1932 foi inaugurado o Centro de Estudos e Ação Social (CEAS) de São Paulo como iniciativa de formação de “trabalhadoras sociais”, baseado no método de ensino da Escola Católica de Serviço Social de Bruxelas, com orientação para a formação técnica da ação social e difusão da doutrina social da igreja, com cursos de filosofia, moral, legislação do trabalho, doutrina social, enfermagem de emergência. Em 1940 surge o Instituto de Serviço Social de São Paulo, outra escola de Serviço Social, só que destinada a homens e com a oferta de bolsas gratuitas, subsidiadas pelo Estado, partindo da necessidade de levar o trabalho social para os presídios masculinos, bem como para instituições de