A Interpretação das Culturas, Geertz
Para tratar do conceito de cultura Geertz faz um apanhado sobre teorias e verdades científicas ao longo da história, crítica fortemente os estudiosos que surgem com teorias, teoremas, leis, etc., que prometem ser chave para todas as questões e se julgam verdades indiscutíveis. Essa questão se reflete também nos conceitos culturais, o autor defende uma “dimensão justa” para este conceito e sua crítica nesta área vai de Edward Burnett Tylor, que, nas palavras do próprio Geertz, “confunde muito mais do esclarece”, à Clyde Kluckhohn, que escolhe muitos argumentos e acaba perdendo-se em conceitos e características.
Na visão de Geertz o conceito de cultura é “essencialmente semiótico”, a melhor definição está em suas palavras: “Acreditando como Max Weber, que o homem é uma animal amarrado a teias de significados que ele mesmo teceu, assumo a cultura como sendo teias e a sua análise; portanto, não como uma ciência experimental em busca de leis, mas como uma ciência interpretativa, à procura do significado” (GEERTZ, p. 15.).
A prática etnográfica se mostra essencial no estudo da antropologia, apesar de ser um método tradicional, Clifford Geertz é da geração inovadora da etnográfica que busca o papel político, literário e ideológico da antropologia e de sua escrita, em esforços verdadeiramente metalingüísticos e intertextuais. Essa meio de seguir o estudo antropológico vem acompanhado de outras ferramentas e conceitos indispensáveis, como a Descrição Densa, que o autor trata citando o trabalho do Filósofo inglês Gilbert Ryle, a Escrita Fixa ou Cultura Pública.
A construção de uma análise