A internet e o Jornalismo

Tempo de mudança

Nos dias de hoje, quase como um tipo de necessidade, as pessoas tendem a passar grande parte do tempo subindo e descendo a barra de rolagem no facebook, vasculhando as diversas opiniões ali encontradas. Em menos de cinco minutos na minha própria timeline, pois como ser pertencente desta sociedade sofro com as devidas circunstâncias que ela me impõe, encontro os mais variados tipos de assuntos e pessoas: esportistas, adeptos de academias e da boa saúde; comediantes e músicos; aspirantes à economistas, sociólogos, cientistas políticos e jornalistas. Este último, inclusive, o jornalista, é o assunto que tratarei aqui, fora das redes sociais.
Não faz muito tempo, a internet quebrou a velha ligação unidimensional entre locutor e interlocutor, por anos a fio solidificada como a única maneira de obter informação. Através dos jornais impressos, rádio e televisão, o leitor ou espectador fazia o papel de mero consumidor das informações, podendo interpretá-las ao seu modo, mas sem ter a possibilidade de dar uma resposta imediata ao produtor do conteúdo adquirido. Entretanto, diante do avanço voraz das tecnologias digitais e das redes sociais, o público tornou-se participante ativo na divulgação e também na produção do jornalismo, afinal, qualquer indivíduo munido de vontade e das mínimas habilidades exigidas para escrever um texto, certamente terá o espaço e a liberdade garantidos pela web. Com esse panorama, uma parte do público parece se afastar das fontes reais de notícias na internet, optando pela praticidade de ser informado dentro de seu próprio círculo de amizades, por pessoas, mesmo que bem intencionadas, despreparadas para tornarem-se formadoras de opinião. Cabe ao jornalista, então, identificar as oportunidades criadas por este meio virtual e reinventar a maneira de fazer sua profissão, não deixando ausente de maneira alguma a qualidade do texto e a precisão de detalhes na informação, colocando-se sempre no lugar que deu origem à profissão, a