A internet está deixando você burro?
Imagine uma festa badalada, repleta de gente bacana. São centenas de pessoas aparentemente descoladas, viajadas, inteligentes, abertas a novas amizades e cheias de histórias. Você seleciona uma delas e começa um diálogo. O vaivém de outras figuras igualmente interessantes é intenso. Apesar de o assunto estar divertido e envolvente, você então olha para o lado, perde o foco do indivíduo com quem dialogava, e dá início a um novo bate-papo. Não mais de 30 segundos depois, uma terceira pessoa desperta a sua atenção. Você repete a mesma ação, deixando o seu segundo interlocutor sozinho, e tenta se concentrar no novo assunto. E assim sucede-se a noite inteira. Lá pelas tantas, quando você resolve ir embora para casa, se dá conta de que não lembra o nome de nenhuma das pessoas com quem conversou. Pior ainda: sequer recorda o que falou com cada uma delas. A conclusão que chega é que a noite foi perdida, como se não tivesse existido. E apesar de ter conversado com muita gente, não conheceu ninguém de verdade e não se lembra de nenhum assunto.
A internet é mais ou menos assim. Repleta de coisas legais, informações relevantes, mas que você não consegue aproveitar como deveria pela tentadora avalanche de dados que lhe é ofertada. São janelas e mais janelas do navegador abertas, vídeos do YouTube rolando, Twitter abastecido a todo momento, MSN piscando sem parar, Facebook sendo atualizado. O que você estava fazendo mesmo? Para se ter uma ideia da imensa quantidade de informações que atualmente temos à disposição, uma pesquisa realizada pela Global Information Center da Universidade de San Diego, nos EUA, aponta que em 2008 cada americano consumiu cerca de 34 GB de informação por dia, o que equivale a assistir a 68 longas-metragens com definição de uma televisão comum ou ler 34 mil livros de cerca de 200 páginas num período de apenas 24 horas. A pesquisa engloba desde os métodos de informação, digamos tradicionais, como