A internação compulsória e os conselhos de psicologia (cfp e crp)
Atualmente estamos vendo, sob as lentes de aumento da mídia, o desenrolar de um dos maiores problemas de saúde pública enfrentada pela sociedade nos últimos tempos. Trata-se do uso cada vez mais frequente e indiscriminado da droga conhecida como crack. O crack é uma droga fumada, feita da mistura de pasta de cocaína com bicarbonato de sódio, sendo absorvida rapidamente, chegando ao Sistema Nervoso Central em cerca de 10 segundos. Seus efeitos duram de 3 a 10 minutos e trazem uma euforia maior do que a produzida pela cocaína, mas, assim que seu efeito acaba, provoca uma grave depressão levando o usuário a querer consumi-la novamente para voltar ao estado anterior, o que gera uma rápida e intensa dependência. A facilidade de consumo, já que só há a necessidade de um cachimbo, e seu preço baixo fizeram com que o uso de crack aumentasse cada vez mais nos lugares onde são fornecidos pelo tráfico e, principalmente, entre as camadas da sociedade que vivem em situações de pobreza. O crack provoca lesões no cérebro, causando a morte de neurônios. Isso resulta em deficiências de memória e de concentração, oscilações de humor, baixo limite para frustração e dificuldade de ter relacionamentos afetivos. Ocorre perda da capacidade de raciocínio e dificuldade para tomar decisões, que passam a ser feitas sob o impulso da droga. Provoca quadros psiquiátricos graves, como psicoses, paranoia, alucinações e delírios e, com frequência, ocorrem acidentes vasculares cerebrais ou derrames que, muitas vezes, levam à morte. O usuário de crack perde a identidade e a autoestima, deixa de ter os mínimos cuidados com a higiene pessoal e alguns chegam a perder mais de dez quilos em uma semana. Além de ficar violento, o usuário, muitas vezes, torna-se inadequado, sem noção de comportamento em sociedade ou convivência. E é aqui que o problema começa a incomodar. Os usuários de crack, quase que