A internacionalizacao
A Terceira Revolução Industrial concretizou uma tendência de transformar o capital que se concentrava em nível monopolista nas diversas nas diversas nações do centro capitalista, personificando uma nova etapa nas relações centro-perifericas.
Com a automação dos processos produtivos, a capacidade dos mercados nacionais dos países centrais de absorver os novos volumes com que a oferta global passara a se apresentar, tornou-se bastante inelástica, em que pesem os esforços concentrados da indução ao consumo, do notável alargamento do setor terciário e do novo papel do Estado, passando a ocorrer uma combinação de tendência ao não-investimento produtivo com disponibilidade de capitais. A solução encontrada pelo sistema foi a de não mais incentivar as áreas periféricas a importarem produtos industrializados, mas a passarem a contar com suas próprias bases industriais, financiadas pelos países centrais, com processos tecnológicos que já se mostravam superados. Isso garantiria uma situação de dependência estrutural, ao mesmo tempo em que permitiria criar um fluxo de retorno de investimentos altamente rentável, que poderia servir para financiar novos avanços tecnológicos.
Essa nova relação centro-perifericas, que a internacionalização do capital constituiu, acentuou as condições de dependência das regiões periféricas, fixando-as em cinco formas:
1. Dependência financeira, sujeitando o sistema monetário internacional e os organismos financeiros às diretrizes dos conglomerados monopolistas;
2. Dependência tecnológica, mediante o controle dos processos produtivos de ponta, e escolha das condições em que se processará a transferência de tecnologia mediante o pagamento de royalties;
3. Dependência comercial, pela internacionalização do consumo, que conduz à formação de um mercado internacional único, controlado pelos monopólios internacionais; reduzindo os vários mercados nacionais a apêndices controlados de um espaço maior;
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