A interferencia do homem
Tudo terá começado há cerca de 9000 anos, quando ergueu as primeiras construções. Daí até ao momento presente, mudou o mundo. Começou a praticar a agricultura, seleccionando espécies e combatendo outras; desenvolveu métodos para modificar as plantas segundo as suas conveniências; domesticou animais e transformou-os, por necessidade ou prazer. Introduziu novos animais e plantas em sítios em que não existiam, provocando profundas transformações nos ecossistemas. Provocou o desaparecimento de espécies em vastas regiões e favoreceu o surgimento de outras. Criou habitats artificiais (como as monoculturas e as cidades) onde se instalaram e a que se adaptaram uma enorme diversidade de animais. Espalhou insecticidas por toda a Terra, com isso alterando os ecossistemas. Produziu inúmeros detritos, desde os lixos urbanos, aos gases fabris que foi despejando na Natureza, julgando que o mundo é tão grande que, de alguma maneira, todos os venenos gerados pela sua actividade desaparecerão. Capturou espécies animais precisas em tal quantidade que desequilibrou as populações, quebrando ciclos naturais. Está a destruir as florestas tropicais. “Mas se o poder do homem para mudar a face da Terra é hoje imenso, amanhã será, por certo, ainda maior.” Quando o meio ambiente não é capaz de fornecer as condições exigidas para a vida - nutrição, reprodução e proteção - ele se torna impróprio à sobrevivência do ser vivo. O sapo-boi, por exemplo, destrói certos besouros que prejudicam o cultivo da cana-de-açúcar. Entretanto, ele também se alimenta de insetos destruidores de moscas transmissoras de doenças. Como o sapo-boi prolífera com facilidade (vive 40 anos e põe 40 mil ovos por ano), é perigoso colocá-lo em regiões onde não existam outras espécies que possam devorá-lo, pois desta forma o equilíbrio