A interação entre o profissional de relações internacionais e o comércio exterior brasileiro
Como todos nós sabemos o comércio exterior consiste nos fluxos de entrada e saída de mercadorias de um país, ou seja, importações e exportações mais especificamente. O controle desse fluxo de mercadorias é realizado por profissionais diversos que possuem conhecimentos complementares de modo que consigam, cada um na sua função, a realização do processo. Tomando como base um processo de importação/exportação, por exemplo, temos a seguinte ramificação de profissionais:
1) Exportador (vendedor da mercadoria);
2) Agente de cargas (profissional responsável por passar cotação de fretes internacionais);
3) Armador (proprietário do navio);
4) Receita Federal (órgão anuente para nacionalização da mercadoria);
5) Despachante Aduaneiro (responsável por entregar documentação e realizar o desembaraço da mercadoria importada);
6) Importador (comprador da mercadoria).
O exportador precisa ter consciência de que muitas vezes o seu produto pode ser útil em um país e completamente irrelevante em outro. Na maioria das vezes, os produtos precisam fazer parte de um processo de adequação às normas vigentes no país de destino bem como em sua composição por conta de determinados aspectos culturais.
De acordo com Gilberto Sarfati (2007) em seu livro “Diplomacia Corporativa: a construção das relações internacionais de uma empresa” um exemplo claro de diferenças culturais que deveria ter sido identificado através de estudo prévio para a internacionalização de uma empresa. A Hering levou a sua marca Dzarm para alguns países árabes e teve que passar por alterações de modelagem, inclusive no aumento do comprimento das saias devido a questões culturais.
Outro aspecto levantado neste caso é o potencial impacto em processos de negociação, ou seja, as diferenças na interpretação de situações e contextos diferentes entre as culturas, e essas diferenças frequentemente são obstáculos ao