A inteligência espiritual e os raciocínios abstrato, verbal e numérico
Autores: Katya Luciane de Oliveira; Marina Ledier Pascalicchio; Ricardo Primi
O artigo relaciona a inteligência, enquanto raciocínios abstrato, verbal e numérico, com a inteligência espiritual proposta por Gardner. Por meio da analise fatorial, Spearman percebe que duas habilidades correlacionadas estão ligadas a um fator comum, o qual denominou de fator g, que é a inteligência geral presente em todas as atividades intelectuais. O fator g pode ser dividido entre Capacidade Edutiva e Capacidade Reprodutiva, as quais Cattel, em 1942, chamou de inteligência fluida e inteligência cristalizada. Posteriormente, foram integrados outras 6 capacidades cognitivas, dando origem ao modelo C-H-C (Carroll, Horn e Cattel) Primi e Almeida (2000) consideram a inteligência um conjunto de expressão dos raciocínios abstrato, verbal, numérico, espacial e mecânico. O raciocínio abstrato está relacionado a inteligência fluída, ou seja, a capacidade de raciocinar em situações novas, criar conceitos e compreender implicações. O raciocínio verbal relaciona-se com o domínio verbal e de vocabulário, apresentando elementos de inteligência fluida e cristalizada, o numérico relaciona a habilidade quantitativa com a inteligência fluida. O raciocínio espacial se relaciona com o processamento visual e o mecânico relaciona inteligência fluida e conhecimentos práticos mecânicos. A inteligência espiritual proposta por Gardner engloba temas como o propósito da existência, o desenvolvimento de virtudes, a esfera metafísica e espiritual do ser humano, entre outros. É importante destacar que espiritualidade é diferente de religiosidade, sendo que o primeiro não está ligado a um sistema de práticas religiosas, rituais e símbolos que facilitem a crença em um Deus, força maior ou verdade absoluta, e sim o entendimento do individuo quanto a sua própria existência. Wolman define inteligência espiritual como a